Chinelos velhos viram brinquedos na África e já tiraram mais de 400 toneladas de lixo do Oceano

Iniciativas esperançosas em busca de soluções sustentáveis para nosso Planeta, além de beneficiar o ecossistema, esse projeto ajuda a comunidade local. Exemplos assim devem ser compartilhados, conscientizando os demais cidadães da TERRA.

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Passeando pelas praias da costa leste da África, você pode se deparar com esculturas coloridas de elefantes, javalis, rinocerontes, leões e girafas, algumas em tamanho real, feitas com chinelos de borracha velhos encontrados no mar.

Por Daniel Froes

A transformação desses materiais em peças de arte e moda é ideia da empresa Ocean Sole. Com sede em Nairóbi, capital do Quênia, o negócio reaproveita sandálias velhas e outras peças de borracha encontradas nas praias do país. O resultado do trabalho são criações lúdicas que chegam a ser vendidas para jardins zoológicos, aquários e lojas de nicho de 20 países.

“A poluição em todos os nossos cursos de água é um grande problema”, diz Church, nascida e criada no Quênia. “Os rios estão entupidos com plástico e borracha”, ela acrescenta. “Quando as pessoas dizem que o oceano é uma sopa de plástico, é porque o plástico não vai embora – ele só se decompõe em partes menores”.

Segundo os cientistas, o tempo de decomposição desses resíduos varia de 100 a 600 anos. Em grandes quantidades no fundo dos oceanos, são alguns dos principais vilões da vida marinha, responsáveis pela morte de peixes, crustáceos e outras espécies.

Como tudo começou

Em 1997, Church trabalhava num projeto de preservação de tartarugas marinhas na ilha de Kiwayu, na fronteira do Quênia com a Somália.

Na época, Church ficou chocada com uma cena desoladora: praias inundadas por objetos de plástico que obstruiam a chegada das tartarugas aos seus locais de desova.

Mas foi lá também que ela viu crianças da região fazendo brinquedos com o lixo retirado do mar. Nesse dia, ela decidiu fundar uma empresa focada na solução de um problema ambiental grave.

Church pensou que poderia ajudar a limpar as praias e, ao mesmo tempo, impulsionar o desenvolvimento econômico e social daquela comunidade, incentivando moradores locais a recolher, lavar e processar materiais recicláveis para terem uma renda.

Fonte:  http://www.geledes.org.br/chinelos-velhos-viram-brinquedos-na-africa-e-ja-tiraram-mais-de-400-toneladas-de-lixo-do-oceano/

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Arte Áfricana Contemporânea – Museu AFROBRASIL

Exposição vai até dia 30 de agosto no Parque do Ibirapuera.
São mais de 20 artistas expondo cerca de cem obras de vários países.

O Museu Afro Brasil apresenta a maior mostra de arte africana contemporânea já realizada no nosso país. A exposição Africa Africans traça um panorama da recente criação visual do continente por meio de obras de artistas de diversos países africanos.

Muitas das obras são de conceito sustentável, pois é forte a presença de matérias recicláveis na composições artísticas.

A exposição Africa Africans terá cerca de 100 obras, de mais de 20 artistas, em diversos suportes e linguagens – pinturas, esculturas, vídeos e instalações – além de outras obras de arte africana pertencentes ao acervo do museu.

Uma das obras de maior destaque da Africa Africans será a colossal “British Library”, do artista plástico nigeriano-britânico Yinka Shonibare MBE. A sua instalação é formada por 6.225 livros coloridos encapados por tecidos africanos. O uso deste material é uma marca registrada do artista. A obra também usa recursos multimídia, a exemplo de iPads. Você sente a vibração das  estamparias nos tecidos africanos. Uma sensação unica.

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“Skylines”, de El Anatsui, é outra obra importante. O artista ganês trabalha com madeira, barro, metal e, mais recentemente, tampas metálicas de garrafas de bebidas. Um composição de força e peso faz dessa obra uma verdadeira composição sustentável.

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Outro destaque fica por conta da obra “Cloud Earth Twist”, do nigeriano Bright Ugochukwu Eke. Após sofrer uma infecção na pele decorrente de uma chuva ácida, Eke desenvolveu a obra que consiste em milhares de sacos plásticos cheios de água acidificada.

Usando água como tema e meio, ele desafia o espectador a pensar sobre este precioso recurso, politicamente, eticamente e ecologicamente.

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A mais marcante (opinião pessoal ) é a obra de Aston do  Benim. Há 20 anos ele recolhe objetos abandonados nas praias e estradas para criar sua representação alegórica do drama de 12 milhões de africanos capturados no continente, transportados como gado e vendidos como mercadoria nos países da americanos. Aston cria uma composição grandiosa e sustentável.

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SERVIÇO
Africa Africans
Exposição de Arte Africana Contemporânea
Período: até 30 de agosto
Horário: 10h às 17h
Local: Museu Afro Brasil
Endereço: Avenida Pedro Alvares Cabral S/N