Pintura geométrica – conhecendo as cores

Introduzir as cores, as texturas e as diversas possibilidades pelo caminho da liberdade de expressão é pura emoção. Sem claro, perder o foco no trabalho coletivo. Sentir a vibração da pintura, é muito mais que trocar experiencias… É proporcionar um resultado que vibra, carinho, amor, cooperatividade e  alegria. Uma tela deve conter essas propriedades terapêuticas… para curar um mundo doente, precisamos expressar compaixão!

Pintura livre – Cores e suas possibilidades  ( pequenos de 2 a 4 anos )

Aprendemos sobre como a cor chega na Terra, a importância do Sol, falamos até de ondas eletromagnéticas responsáveis pelas cores. Brincamos com as formas geométricas, inventando nome de objetos para cada forma.   Não subestime a capacidade de compreensão da crianças de 2 a 3 anos, eles são muito mais aptos à receber essas informações do que nós. Filhos da era tecnológica, confie no inconsciente coletivo, ele tá aí  fazendo seu papel. Agora educador,  faça sua parte!

O  que é cor?

Propriedade de uma radiação eletromagnética, com comprimento de onda pertencente ao espectro visível, capaz de produzir no olho uma sensação característica.

Material

  • uma tela grande – doação ou compensado de madeira
  • retalhos de papéis cortados de forma geométricas, pode ser: jornal, revista ou sobra (serão os pincéis).
  • uma folha de A2 (Branca).
  • tinta guache, diversas cores (principais cores primárias) com elas faremos as secundárias.
  • música: sons psicodélicos ou Mozart –  As 4 estações

Ação

Sentar as crianças em volta da tela no chão, primeiro faça com todos juntos o grande carimbão! Depois entregue um retalho de papel para cada um,  pedir para eles carimbarem os papéis  na tela…. antes brinque de carimbar no chão, invente um som, tipo: põe, põe, põe….

Confira:

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Linguine – Cores e texturas

Os pequeninos da Educação Infantil – Maternal I, construíram juntos essa bela composição artística, batizada de LINGUINE, nome escolhido por todos, após uma pequena eleição!  Muitas cores, muitas possibilidades e pura emoção.

O objetivo dessa proposta era sentir as cores,  vivenciar o trabalho em equipe, estimulando os pequenos artistas a dividir o espaço simultaneamente, apresentar as diversas possibilidades de cores através das misturas e aperfeiçoar a coordenação motora ao picar os jornais, que nesse caso desenvolviam a função de pincéis na pintura da obra.

Vamos começar acalmando a turma, uns minutinhos de relaxamento direcionado (falas que trazem tranquilidade e calma), sons da natureza, sons futuristas instrumentais. Vamos fazer em um ambiente externo, de preferencia próximo a área verde da escola. Caso não haja esse espaço, crie com sua imaginação e sons.

O diálogo para direcionar as etapas é essencial, deixar claro todo processo antes de iniciar e durante fazer algumas intervenções explicativas, ajudam as crianças a desenvolverem autonomia e compreensão lógica  do que estamos tento “realizar”, nada de fazer por eles, ou limitá-los, o foco é o sentir, para isso a liberdade de expressão é o nosso ponto de partida, mas com muita personalidade e carisma a educadora, poderá direcionar o entendimento, questionando:

Os papéis que picamos chamam-se jornal ! Olha a textura do papel? É fina? É fácil de picar?  O papel picado servirá para o quê? Você gosta de mexer com tinta? Goste de pegar a tinta com as mãos? Gosta de misturar a tinta? Vamos pintar com calma e sabedoria? Todos juntos ao mesmo tempo! Vamos respeitar uns aos outros e lembrarmos que essa obra é de todos! 

Confira:

 

Reaproveitando uma tela doada, jornais velhos e muita criatividade!

No final após a obra seca (outro dia), vimos no livro: The Illustrated Story of Art, pinturas abstratas. E falamos de cores e movimento.

Vamos agora nos transformar em azul….

 

 

 

 

AOS PASSOS DE FRANS KRAJCBERG

Escultor, pintor, gravador, fotógrafo e ambientalista. Frans era um ecologista, dono de uma obra conceitual e ambiental, fruto de uma alma ativista e protetora. Assim é a vida de Krajecberg, onde a natureza torna-se a matéria-prima essencial do artista. A paisagem brasileira, em especial a floresta amazônica e a defesa do meio ambiente marcam toda a sua obra.

“Com minha obra, exprimo a consciência revoltada do planeta”

Frans K.

Objetivos


  • Conscientizar os alunos sobre a importância de realizar ações ambientais em prol do planeta;
  • Apresentar a Biografia de Frans Krajecberg;
  • Conectar a criança com a natureza, seu ambiente natural;
  • Apurar e aguçar os sentidos (olfato, tato, visual e auditivo).

Público-alvo


Educação Infantil e Fundamenta I e II

Materiais


  • Sementes
  • Troncos
  • Folhas secas
  • Papelão
  • Cola
  • Tesouras
  • Sacola – coletar os materiais

PROPOSTA


Uma aula sobre a vida de Frans e suas obras, em especial obras da série africana, marcam a carreira artística e ativista do artista, que vive e atua em defesa das florestas, registrando em suas fotos o desmatamento e as queimadas.

Debatemos os problemas que enfrentaremos se continuarmos a desmatar freneticamente.

Problemática

As florestas são os pulmões do planeta?

A história por trás dos fatos, que levaram o artista a produzir tais obras, tem significado para você (aluno)?

As obras do artista mexeram com o seu emocional?

Os alunos coletaram no chão (orientar os alunos para não agredir/arrancar da natureza viva), folhas, sementes, troncos e diversos resíduos naturais que eles achavam apropriados para ilustrar sua composição.  Serão duas obras: uma grande e coletiva, que poderá ser exposta no colégio mediante a um contrato didático e outra individual, um fragmento para levar para casa.

Vamos agora para o que realmente importa, o FAZER! Deixem que montem e desmontem quantas vezes forem necessárias, passar a cola somente quando todos estiverem de acordo com o resultado final. Momentos de apreciação devem ser estimulados pelo educador. Diga a seus alunos que parem e observem sua obra, um olhar bem próximo e um olhar distante são necessários na hora da montagem.

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Biografia
Frans Krajcberg (Kozienice, Polônia, 1921). Escultor, pintor, gravador, fotógrafo. Estuda engenharia e artes na Universidade de Leningrado. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), perde toda a família em um campo de concentração. Muda-se para a Alemanha, ingressando na Academia de Belas Artes de Stuttgart, onde é aluno de Willy Baumeister. Chega ao Brasil em 1948. Em 1951, participa da 1ª Bienal Internacional de São Paulo com duas pinturas. Reside por um breve período no Paraná, isolando-se na floresta para pintar. Em 1956, muda-se para o Rio de Janeiro, onde divide o ateliê com o escultor Franz Weissmann (1911-2005). Naturaliza-se brasileiro no ano seguinte. A partir de 1958, alterna residência entre o Rio de Janeiro, Paris e Ibiza. Desde 1972, reside em Nova Viçosa, no litoral sul da Bahia. Amplia o trabalho com escultura, iniciado em Minas Gerais, utilizando troncos e raízes, sobre os quais realiza intervenções. Viaja constantemente para a Amazônia e Mato Grosso e fotografa os desmatamentos e queimadas, revelando imagens dramáticas. Dessas viagens, retorna com raízes e troncos calcinados, que utiliza em suas esculturas. Na década de 1980, inicia a série Africana, utilizando raízes, cipós e caules de palmeiras associados a pigmentos minerais. A pesquisa e utilização de elementos da natureza, em especial da floresta amazônica, e a defesa do meio ambiente, marcam toda sua obra. O Instituto Frans Krajcberg, em Curitiba, é inaugurado em 2003, recebendo a doação de mais de uma centena de obras do artista.

Fonte: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa10730/frans-krajcberg