Pelo fim da sala de aula

Com tecnologia, as escolas podem romper o modelo de ensino tradicional. É preciso só coragem para começar

A palavra Escola tem origem no grego scholé, que significa, curiosamente, lugar do ócio. Fundadas por filósofos na Grécia, as escolas eram espaços para ocupar o tempo livre e refletir, geralmente enfatizando uma área específica do conhecimento. Os alunos estudavam informalmente, sem que fossem separados por séries e em salas de aula, e as disciplinas eram ensinadas por um modelo pedagógico de questionamentos.

Foi somente no século 12 que surgiram as escolas como conhecemos hoje, com crianças enfileiradas e professores como os únicos detentores do conhecimento. Centenas de anos depois, no século 19, as aulas passaram a ser divididas em disciplinas básicas, como ciências, matemática, história e geografia. E nunca mais isso mudou.

Até hoje o aluno exerce um papel coadjuvante no processo de aprendizado. Sufocado em aulas entediantes e soterrado por conteúdos, a única indagação que faz é “por que tenho de aprender isso?” Para passar de ano e ser avaliado no funil estreito do vestibular. E mais nada. Mas, quando chegar a hora de entrar no mercado de trabalho, de que irá adiantar ter decorado a musiquinha da tabela periódica?

Com a digitalização e a organização do conhecimento em bancos de dados, as escolas da geração C, da geração conectada, que não conhece um mundo sem internet, tablets e smartphones, começam a romper com os modelos tradicionais de ensino para colocar os alunos como protagonistas da construção de seu futuro. É chegada a hora de virar a mesa (ou a carteira) e começar a aprender o que realmente interessa.

Essa transformação vem sendo liderada por empresas como a Knewton, que criou um sistema de aplicação do conceito de big data na educação, um ensino adaptativo, personalizado para cada aluno e capaz de envolver, engajar e entender quais são as dificuldades e os próximos conteúdos a ser estudados para uma evolução de acordo com as necessidades e as particularidades de cada aluno.

Atuando como mentores, os professores passam a inspirar e a orientar. Acompanham os alunos na leitura de textos, nos vídeos que assistem, nas tarefas em que têm mais dificuldades. Podem testar qual metodologia de ensino alcança maior engajamento e analisar os melhores resultados de acordo com as habilidades de cada estudante.

Com a adoção da tecnologia de cruzamento de dados estruturados em conteúdos multimídia, os alunos não mais assistem às mesmas aulas, ministradas por um professor postado em um pedestal. Com o big data, no lugar de provas, os alunos são avaliados por suas competências, e não mais como another brick in the wall (referência à música protesto do grupo Pink Floyd), e pela evolução nos exercícios e conteúdos acessados no software educacional.

Milhares de alunos concluem a faculdade e tentam ingressar no mercado de trabalho todos os anos, mas alegam ser muito difícil encontrar o primeiro emprego. As empresas, por sua vez, dizem que não conseguem preencher as vagas porque não há profissionais preparados para os desafios de uma economia cada vez mais global e competitiva.

As escolas que têm a coragem de quebrar as fronteiras das salas de aula e que respeitam a individualidade de seus alunos podem preencher esse gap. As que resistem continuam formando só mais um tijolo na parede.

*Luciana Maria Allan é diretora do Instituto Crescer para a Cidadania. Doutora em educação pela Universidade de São Paulo (USP), tem especialização em tecnologias aplicadas à educação

Link: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/educacao/pelo-fim-da-sala-de-aula-815377.shtml

Publicidade

21 de Setembro dia da Árvore

No hemisfério sul, o dia 21 de Setembro marca a chegada da primavera, estação onde a natureza parece recuperar toda a vida que estava adormecida pelos dias frios de inverno. O Brasil carrega fortes laços com a cultura indígena que deu origem a este país, um deles é o amor e respeito pelas árvores como representantes maiores da imensa riqueza natural que o Brasil possui.

No Brasil, há 30 anos, formalizou-se então o dia 21 de Setembro como o Dia da Árvore – o dia que marca um novo ciclo para o meio ambiente e o tempo para se reforçar os apelos para a conscientização de todos em favor do meio ambiente. De acordo com o Decreto Federal nº 55.795 de 24 de fevereiro de 1965, foi instituída em todo o território nacional, a Festa Anual das Árvores, em substituição ao hamado Dia da Árvore na época comemorado no dia 21 de setembro.

Conforme previsto no Art 3º, a Festa Anual das Árvores, em razão das diferentes características fisiográfico-climáticas do Brasil, será comemorada durante a última semana do mês de nos estados do Acre, Amazonas, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia; Territórios Federais do Amapá, Roraima,Fernando de Noronha e Rondônia. Na semana com início no dia 21 de setembro, nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal”

Em algumas regiões do Brasil por força do costume, muitas pessoas não observam que não existe mais a comemoração do Dia da Arvore. O correto é observar qual a semana adequada para a comemoração da Festa Anual das Árvores, de acordo com a localização do estado, última semana do mês de março ou semana com início no dia 21 de setembro

Uma árvore é muito mais que uma simples árvore – Série: A Natureza Sabe Tudo.

Gênero: AnimaçãoInfantil
Sub-Gênero: EntretenimentoEducativo
Diretor: Phil Kimmelman
Duração: 30 min     Ano: 1995
País: Alemanha
Sinopse: Madeira. Dela construímos casas e móveis, fazemos papel e barco queimamos quando temos frio. Toda madeira existente é originária das árvores. Neste episódio, Albert e um esquilo desvendam a verdade sobre as árvores. Você sabia que, por dia, apenas uma árvore produz oxigênio suficiente para vinte pessoas respirarem? Que elas filtram o ar poluído da natureza? Que cada árvore é um ecossistema, com diferentes tipos de animais e insetos? Que elas estão sendo derrubadas e que, se isso continuar, o planeta pode sofrer consequências graves?

Brasil fica em penúltimo lugar em ranking global de qualidade de educação

O Brasil ficou em penúltimo lugar em um ranking global de educação que comparou 40 países levando em conta notas de testes e qualidade de professores, dentre outros fatores.
A pesquisa foi encomendada à consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), pela Pearson, empresa que fabrica sistemas de aprendizado e vende seus produtos a vários países.
Em primeiro lugar está a Finlândia, seguida da Coreia do Sul e de Hong Kong.

Os 40 países foram divididos em cinco grandes grupos de acordo com os resultados. Ao lado do Brasil, mais seis nações foram incluídas na lista dos piores sistemas de educação do mundo: Turquia, Argentina, Colômbia, Tailândia, México e Indonésia, país do sudeste asiático que figura na última posição.

Os resultados foram compilados a partir de notas de testes efetuados por estudantes desses países entre 2006 e 2010. Além disso, critérios como a quantidade de alunos que ingressam na universidade também foram empregados.

 

Para Michael Barber, consultor-chefe da Pearson, as nações que figuram no topo da lista valorizam seus professores e colocam em prática uma cultura de boa educação.

 

Ele diz que no passado muitos países temiam os rankings internacionais de comparação e que alguns líderes se preocupavam mais com o impacto negativo das pesquisas na mídia, deixando de lado a oportunidade de introduzir novas políticas a partir dos resultados.
Dez anos atrás, no entanto, quando pesquisas do tipo começaram a ser divulgadas sistematicamente, esta cultura mudou, avalia Barber.
“A Alemanha, por exemplo, se viu muito mais abaixo nos primeiros rankings Pisa [sistema de avaliação europeu] do que esperava. O resultado foi um profundo debate nacional sobre o sistema educacional, sérias análises das falhas e aí políticas novas em resposta aos desafios que foram identificados. Uma década depois, o progresso da Alemanha rumo ao topo dos rankings é visível para todos”.
No ranking da EIU-Person, por exemplo, os alemães figuram em 15º lugar. Em comparação, a Grã-Bretanha fica em 6º, seguida da Holanda, Nova Zelândia, Suíça, Canadá, Irlanda, Dinamarca, Austrália e Polônia.
Cultura e impactos econômicos 
Tidas como “super potências” da educação, a Finlândia e a Coreia do Sul dominam o ranking, e na sequência figura uma lista de destaques asiáticos, como Hong Kong, Japão e Cingapura.

 

Alemanha, Estados Unidso e França estão em grupo intermediário, e Brasil, México e Indonésia integram os mais baixos.
O ranking é baseado em testes efetuados em áreas como matemática, ciências e habilidades linguísticas a cada três ou quatro anos, e por isso apresentam um cenário com um atraso estatístico frente à realidade atual.
Mas o objetivo é fornecer uma visão multidimensional do desempenho escolar nessas nações, e criar um banco de dados que a Pearson chama de “Curva do Aprendizado”.
Ao analisar os sistemas educacionais bem-sucedidos, o estudo concluiu que investimentos são importantes, mas não tanto quanto manter uma verdadeira “cultura” nacional de aprendizado, que valoriza professores, escolas e a educação como um todo.
Daí o alto desempenho das nações asiáticas no ranking.
Nesses países o estudo tem um distinto grau de importância na sociedade e as expectativas que os pais têm dos filhos são muito altas.
Comparando a Finlândia e a Coreia do Sul, por exemplo, vê-se enormes diferenças entre os dois países, mas um “valor moral” concedido à educação muito parecido.
O relatório destaca ainda a importância de empregar professores de alta qualidade, a necessidade de encontrar maneiras de recrutá-los e o pagamento de bons salários.
Há ainda menções às consequências econômicas diretas dos sistemas educacionais de alto e baixo desempenho, sobretudo em uma economia globalizada baseada em habilidades profissionais.
Veja como ficou o ranking Pearson-EIU:

 

1. Finlândia
2. Coreia do Sul
3. Hong Kong
4. Japão
5. Cingapura
6. Grã-Bretanha
7. Holanda
8. Nova Zelândia
9. Suíça
10. Canadá
11. Irlanda
12. Dinamarca
13. Austrália
14. Polônia
15. Alemanha
16. Bélgica
17. Estados Unidos
18. Hungria
19. Eslováquia
20. Rússia
21. Suécia
22. República Tcheca
23. Áustria
24. Itália
25. França
26. Noruega
27. Portugal
28. Espanha
29. Israel
30. Bulgária
31. Grécia
32. Romênia
33. Chile
34. Turquia
35. Argentina
36. Colômbia
37. Tailândia
38. México
39. Brasil
40. Indonésia