TERRITÓRIO DO BRINCAR – VÍDEOS DOCUMENTÁRIOS

 APROVEITE ESSA SEMANA E DIVIDA COM OS SEUS ALUNOS EXPERIÊNCIAS COM CRIANÇAS DE DIFERENTES TERRITÓRIOS!

Aqui estão alguns dos vídeos disponíveis no site: http://territoriodobrincar.com.br/videos/  contextualize com seus alunos a importância do brincar, faça um debate entre o grupo. Pois sabemos que com o avanço tecnológico as crianças estão esquecendo de ser criança. E o pior achando essa fase da vida chata e sem graça.

SEMANA MUNDIAL DO BRINCAR

Esta semana é muito importante para a Aliança pela Infância, pois é uma mobilização que reúne diferentes atores, como pais, educadores, médicos, comunicadores, instituições privadas, representantes de instituições governamentais, entre outros. Juntos, realizamos um conjunto de ações com o imageobjetivo de ressaltar a importância do Brincar na sociedade.

O foco é lembrar os adultos sobre a necessidade de preservação e o respeito do tempo das crianças brincarem. Cada vez mais vemos famílias que, por não poderem ter um tempo de qualidade com seus filhos, compram vídeos, jogos eletrônicos entre outras coisas e passam menos tempo ao lado deles.

Chamamos de tempo de qualidade aquele que os adultos passam com as crianças, quando eles estão presentes com atenção e com amorosidade. Trata-se da presença atenta à intermediação, quando necessária, quando solicitada. Nada mais.

Neste contexto, ressaltamos também os cuidados que os adultos precisam ter com os excessos de zelo, interferindo constantemente nas brincadeiras das crianças, sem respeitá-las. Cada brincadeira tem um momento e cada criança tem um tempo interno que a conecta à brincadeira.

Quando adultos cometem interferências constantes, tentando ensinar as crianças a brincar corretamente, eles podem estar anulando outras possibilidades de construções internas que ocorrem naquele momento.

Cuidados como estes e outros, como respeitar os momentos das brincadeiras livres, onde podem correr e se movimentar, fazem parte da necessidade das crianças para que possam desenvolver-se plenamente, de forma sadia, física e emocionalmente.

Para que isso seja respeitado, é preciso que a sociedade atual tenha consciência e se preocupe em ter espaços públicos adequados e seguros para tornar viável esta necessidade vital do ser humano.

O Brincar é um direito político das crianças que une, por meio da Semana do Brincar, parceiros com as mais distintas origens para fazer parte desta ciranda. É um caminho de transformação social que tem como missão honrar o direito de ser criança.

O que é a Semana Mundial do Brincar?

Uma semana de mobilização promovida por todos os núcleos da Aliança pela Infância no Brasil e nos municípios parceiros que compartilham conosco suas experiências.

São manhãs e tardes de brincadeiras abertas para a comunidade, palestras e ciclos de debates, sempre com o tema do brincar, realizados graças a uma série de articulações.

Objetivo

Contribuir para o aumento da sensibilização e da consciência sobre a importância do brincar e o respeito que devemos ter por esta ação e compartilhar o impacto das consequências de termos cada vez menos tempo para esta ação na infância.

De que brincar estamos falando?

O brincar em que acreditamos é:
— Atividade essencial com fim em si mesma

— Instrumento de expressão e desenvolvimento da criança

— Resgate cultural das brincadeiras de rua e vivências lúdicas

— Fonte de aprendizado, transmissão de saberes e de educação para todos

— Expressão cultural que promove encontros entre membros de gerações diferentes

— Criador de vínculos sociais e de comunicação

— Lazer e fonte de prazer

Por quê?

A Aliança pela Infância no Brasil tem divulgado e incentivado a comemoração do Dia internacional do Brincar, desde sua criação. Para esta rede, o movimento que dissemina o Brincar é extremamente importante, pois acredita que as crianças precisam de tempo para ser crianças.

Como o movimento vem crescendo a cada ano, a comemoração do Dia Internacional do Brincar também se ampliou e conquistou cada vez mais adesões e parcerias, tendo se transformado na Semana Nacional do Brincar em 2010.

A Semana Mundial do Brincar é uma campanha de mobilização social de grande relevância para o trabalho da rede no Brasil. A Aliança pela Infância tem acompanhado o curso que este evento tem tido no país e seus desdobramentos. Acredita que ainda há muito por fazer neste âmbito, pois se trata da garantia de um dos direitos essenciais das crianças.

Como acontece?

São manhãs e tardes com oficinas e espaços abertos para brincadeiras, música, artes plásticas, teatro, danças, circo, leitura, contação de histórias, manifestações culturais tradicionais e atividades livres em espaços lúdicos com brinquedos não estruturados. Também há para adultos, a organização de palestras e debates sobre este tema.

As comemorações ocorrem em todos os núcleos da Aliança pela Infância e nos municípios que entram em contato com a gestão nacional da Aliança pela Infância, para desenvolverem ações em parceria. Para isso precisamos garantir que:

A participação nesta comemoração seja gratuita para todos;
As ações desta semana permitam a união de pessoas de idades e culturas diferentes;
O brincar seja tratado como uma ação com um fim em si mesma;
As ações desta semana promovam o brincar sob todas as suas formas: brincadeiras, momentos com brinquedos diferenciados, jogos de tabuleiro, jogos ao ar livre, brincadeiras tradicionais, e iniciativas como exposições, palestras, debates;
Nesta semana, nossos esforços sejam focados em promover a prática do brincar em espaços públicos e privados, instituições, escolas, na rua e na família.

Público-alvo

Crianças de até 12 anos de todas as classes sociais.

Beneficiários diretos

Crianças que participam diretamente dos eventos.

Adultos que participam acompanhando as crianças.

Beneficiários indiretos

Crianças que não participaram diretamente, mas que convivem com pessoas que participaram e que costumam replicar as brincadeiras e atividades significativas.

Execução

Identificar os locais em que o evento vai ocorrer, em parceria com a Aliança pela Infância;
Organizar e articular estas ações com o núcleo local da Aliança pela Infância – caso haja um no município;
Convidar profissionais de áreas diferentes para atuar voluntariamente na Semana do Brincar;
Definir a agenda;
Divulgar o evento em rede nacional por meio da gestão da Aliança pela Infância;
Identificar parceiros potenciais no local para execução em conjunto das ações;
Consolidar, com parceiros locais e nacionais, o apoio com a presença de monitores, segurança e equipe de saúde para a realização dos eventos;
Elaborar e executar a sistematização das ações que compõem a semana;
Acompanhar o número de crianças e adultos atendidos.

Onde se realiza?

Independentemente do local onde você esteja, basta apenas desejar fazer parte desta ciranda de pessoas conectadas ao mesmo objetivo: promover a consciência sobre a importância do brincar para todos os cidadãos.

Seja você também um voluntário nesta jornada em defesa de um dos direitos mais preciosos da infância!

Criança – A alma do negócio

 

Criança, a alma do negócio é um documentário nacional de 2008, dirigido por Estela Renner, produzido por Marcos Nisti e Maria Farinha Produções, que trata de um assunto de extrema seriedade e que muitas vezes é neglicenciado: a publicidade e o mercado de consumo direcionados para o público infantil.

Criança, a alma do negócio é um documentário simples, todo baseado em depoimentos de pais, crianças, pedagogos, pesquisadores – enfim, um rol de diferentes pessoas – com o objetivo de debater e questionar tanto os métodos quanto a ética que permeia a publicidade e o consumo voltado para crianças e adolescentes, e quais os impactos que isso poderá trazer à nossa sociedade no curto e longo prazo.

 

Assista à íntegra do documentário “Criança, a alma do negócio”  :

consumo infantil - crianca-a-alma-do-negocio

Com um estilo influenciado pelos documentários de Michael Moore e, principalmente, Super Size Me, de Morgan Spurlock, somos apresentados primeiro a uma série de curtos depoimentos intercalados de crianças, pais, especialistas e até comerciais, que nos passam como é esse relacionamento entre as crianças e o consumo. Crianças dizendo, por exemplo, que preferem comprar do que brincar; uma garotinha que sabe de cor alguns comerciais e tem nada menos do que 22 pares de sapato; até mesmo o sentimento de frustração, não só dos pequenos como dos próprios pais, quando não têm os seus desejos atendidos; além de outras influências negativas, como um sentimento de alta competitividade, e fatores de inclusão e exclusão de grupos pela posse ou não de determinados produtos.

O documentário nos coloca alguns dados técnicos impressionantes, por exemplo, o de que o necessário para uma marca atingir uma criança é apenas 30 segundos. Ou até que 80% da influência de compra em uma casa parte das crianças. Some isso ao depoimento de uma menina, que diz o seguinte, ao ser indagada por que deseja comprar algo: “O motivo? Isso eu ainda não descobri. Só sei que eu quero”.

Especialistas dão a sua opinião sobre qual é o papel da publicidade, e se é ético direcioná-la para um público que não tem uma real capacidade de discernir e interpretar aquilo que está sendo apresentado a elas. O CONAR, sendo um órgão institucional, acaba por defender majoritariamente os interesses da própria atividade comercial que ele representa, e não o público e as pessoas afetadas pela publicidade.

Criança, a alma do negócio também nos aponta dados mostrando que o consumismo chegando mais cedo acaba por encurtar a fase da infância. Esta ideia culmina em um depoimento de uma “criança” de 13 anos, casada e na segunda gravidez. Esse depoimento é dado em tom natural, sem nenhuma intenção de chocar, inclusive com um ar infantil, o que é totalmente díspar em relação à situação que ela enfrentará de criar e educar um filho. Talvez ela não tenha estrutura para lidar apenas com ela mesma, sem auxílio.

Outros pontos são abordados, como a sustentabilidade, o papel dos pais tendo que lutar contra uma indústria bilionária, e até mesmo como isso pode influenciar na formação do caráter e dos valores desses jovens.

Criança, a alma do negócio nos faz refletir sobre a sociedade que estamos criando para o futuro. Nos faz avaliar o valor da publicidade e do consumo, e qual o impacto real dela sobre todos os indivíduos – não só do prisma das crianças, mas questionando a sua influência sobre nós mesmos, e se realmente queremos nos definir por aquilo que compramos para, aí sim, formar o que somos.

 

Fonte:http://www.vortexcultural.com.br/cinema/critica-crianca-a-alma-do-negocio/

 

Brinquedoteca e sua história

ABBri – Associação Brasileira de Brinquedotecas é uma associação filantrópica de caráter cultural e educacional.

Nossos objetivos são:

  • Divulgar o conceito de Brinquedoteca;
  • Evidenciar a importância do brincar e das atividades lúdicas na infância;
  • Fornecer subsídios e orientação para pessoas interessadas em montar Brinquedotecas;
  • Promover cursos para a conscientização do valor do brinquedo no desenvolvimento infantil, para organização de Brinquedotecas, para preparação de profissionais especializados e para a orientação educacional aos pais e familiares;
  • Manter um banco de dados e uma biblioteca sobre brinquedos e Brinquedotecas;
  • Estimular a criação de Brinquedotecas e o resgate da criatividade;
  • Realizar projetos que estendam a possibilidade de brincar a todas as crianças; e
  • Defender o direito das crianças a uma infância saudável e digna.

Histórico

Nos anos da grande depressão econômica norte-americana, por volta de 1934, em Los Angeles, o dono de uma loja de brinquedos queixou-se ao diretor da Escola Municipal, de que as crianças estavam roubando brinquedos. O diretor chegou à conclusão de que isto estava acontecendo porque as crianças não tinham com o que brincar. Assim, iniciou um serviço de empréstimo de brinquedos como recurso comunitário. O chamado Los Angeles Toy Loan existe até hoje. Porém, foi na Suécia, em 1963, que esta idéia foi mais desenvolvida. Com o objetivo de emprestar brinquedos e dar orientação às famílias de excepcionais sobre como poderiam brincar com seus filhos, para melhor estimulá-los, duas professoras, mães de excepcionais, fundaram a Lekotek (ludoteca, em sueco), em Estocolmo.

No Brasil também começou a ser desenvolvido a partir da necessidade de ajudar a estimular crianças deficientes. Em 1971, por ocasião da inauguração do Centro de Habilitação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de São Paulo, aconteceu uma exposição de brinquedos pedagógicos.    O interesse despertado pelo evento foi tanto que fez com que ele fosse transformado em um Setor de Recursos Pedagógicos dentro da APAE, que em 1973 implantou o Sistema de Rodízios de Brinquedos e Materiais Pedagógicos, a Ludoteca. Todos os brinquedos do Setor Educacional da APAE foram centralizados e passaram a ser utilizados nos moldes de uma biblioteca circulante. Apenas em 1981 foi montada a primeira brinquedoteca do país, a Brinquedoteca Indianópolis, em São Paulo, tendo como diretora, a responsável pela criação do termo Brinquedoteca, a pedagoga Nylse Cunha.

A partir de 1984, devido ao movimento crescente em torno do tema, surgiu a necessidade de se criar uma associação que abarcasse a demanda. Desde então, a Associação Brasileira de Brinquedotecas – ABBri vem trabalhando em prol da divulgação do brincar, bem como formando brinquedistas e auxiliando na montagem de brinquedotecas por todo país.

 

Brincando a criança experimenta o mundo e internaliza sua compreensão particular sobre ele. No brinquedo a criança vive a interação com seus pares na troca, no conflito, no surgimento de novas idéias, na construção de novos significados, na interação e na conquista das relações sociais, o que possibilita à criança a construção de representações. Com isso as crianças, sujeitos de um cenário concreto, social, histórico e cultural, vão se constituindo como tais.  Kishimoto (2002:150)

brinquedoteca

Brinquedoteca – Leila Bittencourt e Fernanda Casagrand

 

 

Fonte: http://www.brinquedoteca.org.br/