Crianças brasileiras estão entre as que menos exploram a natureza

Meninos e meninas são capazes de passar horas a fio mexendo na terra, na água, construindo um castelo de areia, brincando com um tatuzinho, com um graveto, uma flor, ou fazendo uma fogueira. O que esse fascínio pela natureza pode nos dizer sobre as crianças, sobre nós e o mundo?

A segunda roda de conversa da Ciranda de Filmes aconteceu no dia 22 de maio no Cine Livraria Cultura e propôs a reflexão sobre essas questões. O pediatra Ricardo Ghelman, o artista plástico e pesquisador das práticas da criança, Gandhy Piorski e Rita Mendonça, sócia-diretora do Instituto Romã conversaram  com Fernanda Figueiredo, idealizadora e curadora da Ciranda de Filmes.

natureza

Rita Mendonça iniciou o bate-papo exemplificando como nós, seres humanos, estamos ligados à natureza de uma maneira tão visceral. “Desde o útero, o embrião humano passa por diversos estágios. Logo na formação somos parecidíssimos com o embrião do peixe, depois com o embrião do réptil e só depois ficamos parecidos com os outros mamíferos e mais no final da gestação é que o feto vai tomando as características de ser humano”, justificou.

Segundo Rita, muitos cientistas acreditam que é possível  fazer um paralelo entre o tempo de transformação dos seres humanos e o tempo de desenvolvimento das espécies que nos antecederam. “Então, somos natureza demais da conta. Isso, para mim, já seria argumento suficiente para entendermos a importância do contato com a natureza”.

“Vivemos atualmente em um mundo tão urbanizado, industrializado, globalizado e virtualizado, que esse extremo afastamento da natureza pode nos trazer muitas sequelas, ponderou Rita.

Muitas pesquisas nas áreas médicas, psicológicas e pedagógicas estão evidenciando a importância da natureza e a diferença que faz quando a criança tem contato com ela comparando com aquelas que não tem. Rita afirmou que as enfermidades que estão virando comuns na infância como o transtorno de hiper atividade, déficit de atenção, depressão, pressão alta e diabetes está diretamente relacionado com a falta de natureza.

Em vários momentos da conversa, o pesquisador Gandhy comentou sobre os brinquedos não estruturados, chamados por ele de “brinquedos das entranhas” e ponderou que imaginação e natureza são uma mesma força. Ele descreveu como as crianças do interior do sertão estudam a anatomia dos bichos . “Eu cresci no Maranhão amazônico e brincava de esgarçar os sapos. As crianças fogem para laboratório clandestinos e vão abrir os bichos para ver o que tem dentro. Bachelard diz assim: ‘Se nós soubéssemos dar às crianças e perceber o sonho das crianças nós não lhe daríamos brinquedos de falso peso’. São os brinquedos de matéria artificial, são falsos, não tem vitalidade material, então as crianças vão logo quebrando para ver o que tem dentro”

Confira algumas filmes indicados peloa convidados e que tratam da criança e da natureza: “Do Lado de Fora: Lições de um Jardim da Infância na Floresta” e “Feral“.

FONTE: https://catraquinha.catracalivre.com.br/geral/cirandadefilmes/indicacao/criancas-brasileiras-estao-entre-as-que-menos-exploram-a-natureza/

Criança – A alma do negócio

 

Criança, a alma do negócio é um documentário nacional de 2008, dirigido por Estela Renner, produzido por Marcos Nisti e Maria Farinha Produções, que trata de um assunto de extrema seriedade e que muitas vezes é neglicenciado: a publicidade e o mercado de consumo direcionados para o público infantil.

Criança, a alma do negócio é um documentário simples, todo baseado em depoimentos de pais, crianças, pedagogos, pesquisadores – enfim, um rol de diferentes pessoas – com o objetivo de debater e questionar tanto os métodos quanto a ética que permeia a publicidade e o consumo voltado para crianças e adolescentes, e quais os impactos que isso poderá trazer à nossa sociedade no curto e longo prazo.

 

Assista à íntegra do documentário “Criança, a alma do negócio”  :

consumo infantil - crianca-a-alma-do-negocio

Com um estilo influenciado pelos documentários de Michael Moore e, principalmente, Super Size Me, de Morgan Spurlock, somos apresentados primeiro a uma série de curtos depoimentos intercalados de crianças, pais, especialistas e até comerciais, que nos passam como é esse relacionamento entre as crianças e o consumo. Crianças dizendo, por exemplo, que preferem comprar do que brincar; uma garotinha que sabe de cor alguns comerciais e tem nada menos do que 22 pares de sapato; até mesmo o sentimento de frustração, não só dos pequenos como dos próprios pais, quando não têm os seus desejos atendidos; além de outras influências negativas, como um sentimento de alta competitividade, e fatores de inclusão e exclusão de grupos pela posse ou não de determinados produtos.

O documentário nos coloca alguns dados técnicos impressionantes, por exemplo, o de que o necessário para uma marca atingir uma criança é apenas 30 segundos. Ou até que 80% da influência de compra em uma casa parte das crianças. Some isso ao depoimento de uma menina, que diz o seguinte, ao ser indagada por que deseja comprar algo: “O motivo? Isso eu ainda não descobri. Só sei que eu quero”.

Especialistas dão a sua opinião sobre qual é o papel da publicidade, e se é ético direcioná-la para um público que não tem uma real capacidade de discernir e interpretar aquilo que está sendo apresentado a elas. O CONAR, sendo um órgão institucional, acaba por defender majoritariamente os interesses da própria atividade comercial que ele representa, e não o público e as pessoas afetadas pela publicidade.

Criança, a alma do negócio também nos aponta dados mostrando que o consumismo chegando mais cedo acaba por encurtar a fase da infância. Esta ideia culmina em um depoimento de uma “criança” de 13 anos, casada e na segunda gravidez. Esse depoimento é dado em tom natural, sem nenhuma intenção de chocar, inclusive com um ar infantil, o que é totalmente díspar em relação à situação que ela enfrentará de criar e educar um filho. Talvez ela não tenha estrutura para lidar apenas com ela mesma, sem auxílio.

Outros pontos são abordados, como a sustentabilidade, o papel dos pais tendo que lutar contra uma indústria bilionária, e até mesmo como isso pode influenciar na formação do caráter e dos valores desses jovens.

Criança, a alma do negócio nos faz refletir sobre a sociedade que estamos criando para o futuro. Nos faz avaliar o valor da publicidade e do consumo, e qual o impacto real dela sobre todos os indivíduos – não só do prisma das crianças, mas questionando a sua influência sobre nós mesmos, e se realmente queremos nos definir por aquilo que compramos para, aí sim, formar o que somos.

 

Fonte:http://www.vortexcultural.com.br/cinema/critica-crianca-a-alma-do-negocio/

 

ECO FALANTE – CINEMA AMBIENTAL DE 1 DE OUTUBRO A 04 NOVEMBRO 2013

QUEM SOMOS

2 MOSTRA ECOFALANTE

A ONG Ecofalante nasceu em 2003, da ação de um grupo de educadores, comunicadores, cineastas e profissionais de diversas áreas do conhecimento científico voltados para questões culturais e sócio-ambientais e para a utilização das novas e disponíveis tecnologias que contribuam para o desenvolvimento sustentável, a preservação e a recuperação do meio ambiente.

A MOSTRA

Criada em 2012 com o objetivo de chamar a atenção da população paulista para questões ambientais, de sustentabilidade, cidadania, governança, participação e políticas públicas, a Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental chega à sua segunda edição com diversas novidades.Nossos objetivos principais são apresenZtar ao público uma farta gama de filmes que somem qualidade cinematográfia com análise de questões ambientais e democratizar cada vez mais à população o acesso às discussões propostas.

A 2ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental é gratuita e este ano conta com maior número de salas, temáticas e filmes contemporâneos e históricos. Outras novidades são a abertura de inscrições para filmes brasileiros – prestigiando nossa produção nacional – e  a transformação da Mostra Infantil na Mostra Escola, fruto de nossa preocupação com o público infantojuvenil e nosso compromisso com a educação – produzida através da parceria com a Comkids.

A edição deste ano conta ainda com sessões especiais durante a virada sustentável, na semana seguinte à mostra principal, e contará com itinerâncias nas cidades de Bauru, Piracicaba e Santos. A realização da 2ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental só é possível graças ao Programa de Apoio à Cultura – ProAC do Governo do Estado São Paulo, através do qual patrocinam o projeto o Instituto Votorantim, Mondelez Brasil e White Martins. O evento também conta com o apoio da Cinemateca Brasileira, Prefeitura de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura, AES Eletropaulo, Rede Nossa São Paulo, Livraria Cultura, Instituto Akatu, Instituto Ethos, Cinusp e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental – PROCAM  da USP.

OS FILMES

Comissão de Seleção e a Curadoria da 2a Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental avaliaram mais de 300 filmes internacionais e 100 BRASILEIROS , entre documentários e ficções, de curta, média e longa-metragem.

Foram selecionados 58 filmes contemporâneos: 42 internacionais (em sua maioria consagrados em festivais como Cannes, Berlim, Rotterdam, Locarno e Sundance) e 16 brasileiros, dos quais vários terão sua estreia durante a Mostra. Os filmes estão organizados em sete eixos temáticos: Água, Cidades, Contaminação, Economia, Globalização, Mobilização, e Povos e Lugares, de modo a destacar as principais questões ambientais que vêm sendo tratadas pelo cinema contemporâneo, permitindo assim um diálogo enriquecedor entre esses filmes.

still1tree_baixa

Nesta edição, o Panorama Histórico ganha um destaque especial com obras que tratam da relação entre o homem e a natureza, de cineastas consagrados como Akira Kurosawa, Ermanno Olmi, Nicolas Roeg, Paul Newman, Werner Herzog, Joris Ivens e Arne Sucksdorff. Complementa a programação a Mostra Escola, voltada para alunos das redes municipais e estaduais de ensino.

BRASIL ORGANICO

O documentário revela histórias de pessoas que têm na produção orgânica uma forte convicção de vida. O roteiro percorre os biomas brasileiros, apresentando a diversidade de ecossistemas, paisagens e culturas. Da pecuáriano Pantanal à produção em larga escala em São Paulo, das frutas tropicais na Caatinga ao extrativismo na Floresta Amazônica; de empresas a agricultores familiares e cooperativas da Região Sul. São histórias e personagens de um país orgânico. Brasil, 2013, 58 min| Direção Lícia Brancher e Kátia Klock | Produção Lícia Brancher | Roteiro Kátia Klock | Fotografia Marx Vamerlatti | Edição Alan Langdo

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

http://www.ecofalante.org.br/mostra/programacao/ 

FONTE:

http://mostraecofalante.wordpress.com/

http://www.ecofalante.org.br/mostra/

Cinema e ecologia na escola

Um projeto voltado para o alinhamento entre o meio ambiente e o audiovisual incentiva alunos da rede municipal de ensino a terem contato mais próximo com o cinema de animação e questões ambientais. O projeto Cine Ecologia levará para Fortaleza, Canindé, Sobral, Itapipoca, Iguatu, Juazeiro do Norte e Limoeiro do Norte sua caravana cultural.

Segundo o coordenador artístico, Luiz Carlos Cabral, “o Cine Ecologia apresenta-se com um conjunto de ações ligando o audiovisual à ecologia, dando ênfase à necessidade de difundir informações culturais e ecológicas para as regiões menos favorecidas do Estado. O projeto promoverá ações centradas em quatro eixos: produção, circulação, distribuição e formação de plateia”.

Após o fim das atividades, os alunos de cada escola produzirão um filme abrindo o diálogo sobre a situação ambiental com foco na própria região. Somente em Fortaleza, o Cine Ecologia circulará por 15 bairros. As atividades tiveram início no dia 18 de setembro e seguem por mais quatro meses. Para saber mais sobre o Cine Ecologia: 3235 4063.

 

 

Fonte: http://www.opovo.com.br/app/opovo/vidaearte/2012/09/22/noticiasjornalvidaearte,2924356/cinema-e-ecologia-na-escola.shtml